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25 de Julho | Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha


No dia 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha em homenagem a luta e a resistência das mulheres negras. No Brasil, a data também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, incluindo indígenas. Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa.


De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 56% da população brasileira é composta por indivíduos autodeclarados pretos e pardos. Entre esses grupos, as mulheres negras representam cerca de 23,4% da população brasileira, totalizando mais de 47 milhões de mulheres.


A mulher negra no Brasil enfrenta uma realidade marcada pela invisibilidade. Apesar de sua importante contribuição para a sociedade e cultura brasileiras, ela é frequentemente marginalizada e negligenciada. Tanto no âmbito social quanto no político e econômico, suas vozes e experiências são minimizadas e silenciadas.


Assim como o Dia Internacional da Mulher (comemorado em 8 de março), o 25 de Julho não tem como objetivo festejar: a ideia é fortalecer as organizações voltadas às mulheres negras e reforçar seus laços, trazendo maior visibilidade para sua luta e pressionando o poder público.


Por isso, no Brasil, no Caribe e na América Latina em geral, diversos eventos de protesto e luta estão sendo planejados para marcar a data. Em São Paulo, em Brasília e no Rio de Janeiro, por exemplo, acontecem Marchas das Mulheres Negras na terça (25) – eventos que já chegaram a agregar trinta mil pessoas.

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